Maria Clara Costa de Farias - Fisioterapeuta especializada nos métodos Bobath,PNF, Integração sensorial e CME-Medek nível III, eletroestimulação funcional. mariaclaracf@hotmail.com TeL:(21)25230382 e (21)988206224 - Rua Raul pompéia 12, quarto andar, arpoador - Rio de janeiro - RJ.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
O uso de um derivado da maconha no tratamento da epilepsia
A brasileira Any Fischer, 5 anos, sofre da síndrome de CDKL5, um problema genético raro que causa uma epilepsia grave e sem cura. Aos 3 anos, ela conseguiu andar, mas, em poucos meses, perdeu quase tudo o que havia conquistado em seu desenvolvimento. Ela sofria cerca de 60 convulsões por dia. A família, inconformada com a situação, foi atrás de uma alternativa e ficou sabendo sobre os benefícios do canabidiol (CBD), substância extraída da maconha e proibida no Brasil.
O CBD é um componente da maconha que não dá "barato". Seu único efeito colateral conhecido é causar sono. A substância tem sido usada como remédio em parte dos Estados Unidos e Israel, entre outros países. Com o componente, as convulsões diárias de Any sumiram. "O que ela perdeu em quatro meses, o canabidiol devolveu em nove semanas", conta a mãe, Katiele, em um documentário lançado nesta quinta-feira (27), em São Paulo.
O uso de CBD para crianças com epilepsia se popularizou a partir do ano passado, nos EUA, após a divulgação do documentário "Weed", da CNN, que mostra como a substância mudou a vida de uma outra menina que sofre de uma forma rara de epilepsia. O filme americano contou com o neurocirurgião Sanjay Gupta, que, depois de conhecer casos como o da criança, chegou a publicar um artigo em que pede desculpas por um texto escrito anos antes, em que se manifestava contrário o uso medicinal da maconha.
Ilegal
Apesar dos benefícios inquestionáveis do CBD para Any, os pais da menina vivem um dilema: eles sabem que o que estão fazendo é contrabando. Essa é a razão pela qual o documentário "Ilegal" foi criado. Sua exibição marca o início de uma campanha para arrecadar fundos para criar um portal de informações sobre o uso medicinal da Cannabis sativa e seus derivados.
A iniciativa partiu do jornalista Tarso Araújo, que, após fazer entrevistas para um especial sobre a maconha, ficou sensibilizado com a história de Katiele e percebeu como é grande a ignorância sobre o uso medicinal da planta no país. "Foi uma indignação tão grande que achei que um filme faria a história repercutir melhor", conta Araújo, que dirigiu o documentário com Raphael Erichsen.
O filme, produzido 3FilmGroup.tv, foi feito com dinheiro do próprio bolso. Já para criar o site o grupo espera contar com doações. O objetivo, Tarso ressalta, não é levar à aprovação do uso, mas gerar informação e fazer as pessoas debaterem o assunto. "Já existem projetos na Câmara e no Senado que propõem regular o uso medicinal de maconha, mas eles só têm chance de serem aprovados se as pessoas souberam que essa planta também pode ser remédio". As informações sobre a campanha estão no link catarse.me/repense.
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